sexta-feira, 31 de agosto de 2007

ele mesmo



Assim ficou a cara do maestro Claudio Abbado na versão animada de "Pedro e o Lobo", em que ele e Sting, o narrador, viram personagens da história. Gravado pela Orquestra de Câmara da Europa, o DVD chega às lojas européias este mês (Deutsche Grammophon). Mais detalhes aqui.

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

leseira

Voltei. As duas semanas de ausência prometidas viraram três – e antes que sejam quatro, volto ao blog. Retomei as atividades no início da semana, sentindo muito ter perdido alguns concertos durante minha ausência – a Aida de Lorin Maazel, o início do Festival Música Nova, o recital de lançamento do livro de Sergio Casoy, a homenagem a Celine Imbert. Mas consegui pegar as duas apresentações do barítono Thomas Hampson na Sala São Paulo - que concertos, aliás. A musicalidade, a inteligência, a interpretação, tudo nele impressiona e foi uma experiência realmente especial ouvi-lo ao vivo, ainda mais com orquestra tão talentosa quanto a Sinfônica Jovem Gustav Mahler, regida por Phillipe Jordan (olho nele!). Infelizmente, a contralto francesa Nathalie Stutzmann, outra grande mahleriana, cancelou os concertos que faria neste fim de semana no Rio com a Sinfônica Petrobrás, em que iria interpretar o “Kindertotenlieder” (ela será substituída pelo pianista Dang Thai Son, que sola o "Concerto nº 1" de Chopin). E por falar em cancelamentos: Maria João Pires ataca novamente e não vem mais a São Paulo para o recital anunciado no Teatro Municipal –e, desta vez, nem motivo deu. Volta de férias, enfim, é sempre aquela leseira, mas aos poucos vou me inteirando das coisas. E me parece que a notícia do momento é a troca de guarda no Teatro Municipal do Rio. Nem seis meses depois de empossado, o secretário de Cultura Luiz Paulo Conde deixa o cargo. Luiz Paulo Sampaio, o novo diretor da casa, sempre deixou claro que depositava no apoio de Conde as chances de uma revitalização da casa. O que acontece agora? Mais informações em breve. Ah, já ia esquecendo: Tumitinhas, não resisti e, nas férias, arrematei mais uma Valquíria. Volto ao assunto...

terça-feira, 7 de agosto de 2007

descanso

Os últimos meses não foram fáceis, muito trabalho na redação e fora dela também, questões pessoais a serem resolvidas, alguns problemas de saúde, etc, etc, etc. Enfim, o corpo e a mente pediram água e, portanto, entro em férias por duas semanas. Pretendo escapar um pouco dos computadores e e-mails, então não sei com que periodicidade vou conseguir postar aqui no blog. Peço, portanto, desculpas adiantadas, recomendando a leitura dos sites linkados aqui do lado, sempre repletos de notícias e comentários sobre o nosso mundo da música. O risco, claro, é vocês perceberem que eu não faço a menor falta. A gente se fala daqui a duas semanas - ou a qualquer momento, em edição extraordinária.

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

novo livro de sergio casoy


O pesquisador Sergio Casoy lança este mês seu novo livro, "A Invenção da Ópera ou a História de um Engano Florentino", ensaio sobre a criação do gênero operístico editado pela Algol. O lançamento já tem data marcada - será no dia 21, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, com recital da meio-soprano Denise de Freitas, acompanhada ao cravo por Vânia Pajares. No programa, áruas de Alessandro Scarlatti, Antonio Caldara, Alessandro Stradella, Giuseppe Giordani, Giulio Caccini e Haendel, entre outros.

morre o violoncelista zygmunt kubala


Da Folha Online: O músico Zygmunt Kubala, um dos principais violoncelistas do país, será enterrado hoje no Rio. O polonês radicado no Brasil morreu anteontem à tarde, aos 64, em um concerto numa igreja de Ouro Branco (MG). Continua aqui.

aspas


Da soprano Céline Imbert, em entrevista ao Portal VivaMúsica, falando sobre seus 20 anos de carreira: "São duas décadas de dedicação ao canto - é uma vida! Sinto que sou uma realizadora porque sei que vem gente atrás de mim. Isso é bonito e gratificante porque a função da vida é transformar através da emoção. Um balanço das coisas que realizei prova que a vida tem altos e baixos, mas é a determinação, a paixão e insistência que fazem estar de pé e continuar. Eu já caí muito, mas é sempre a música que me levanta. Não consigo me imaginar fazendo outra coisa, pois me sinto inteira no momento em que canto." Leia mais aqui.

pela rede

No Sun Times, uma entrevista com Deborah Card, diretora executiva da Sinfônica de Chicago; Norman Lebrecht escreve sobre a escolha de Alan Gilbert para o posto de regente titular da Filarmônica de Nova York; Diana McVeagh, autora de “Elgar the Music Maker”, assina ensaio sobre a maneira como está sendo lembrado o 150º aniversário do compositor; no New York Times, críticas de lançamentos em CD, entre eles uma nova “Quinta” de Bruckner pela Orquestra de Cleveland; de Tanglewood, Allan Kozinn escreve sobre a programação dedicada à música contemporânea, que tem como tema a “geração de 1938” (leia-se John Harbison, John Corigliano, Joan Tower, Philip Glass e Charles Wuorinen, entre outros); de Bayreuth, Alan Riding e mais detalhes sobre o jogo de poder relacionado à sucessão de Wolfgang Wagner à frente do festival, tema que tem permeado a edição deste ano do festival; no Guardian, uma entrevista com o neto de Prokofiev, Gabriel, dono de uma boate londrina, onde tem misturado música clássica e música eletrônica feita por DJs; mais uma estréia na carreira do tenor Plácido Domingo – ele agora virou personagem da série animada The Simpsons; e, no Playbill Arts, informações sobre a venda da EMI. Boa leitura.

guarani


No Estadão de hoje, a matéria sobre o "Guarani" de Belém: "O Guarani é a mais célebre e, de longe, a mais produzida ópera de Carlos Gomes. Nos últimos cinco anos, de São Paulo a Manaus, passando por Rio, Belo Horizonte, Brasília, os principais teatros líricos do País levaram a seus palcos a obra. E, na última terça-feira, foi a vez do Teatro da Paz, em Belém, que, com uma nova produção da ópera deu início à primeira edição do Festival Internacional de Ópera da Amazônia, evento que substitui o Festival do Teatro da Paz, que desde 2001 vinha sendo realizado pelo governo do Estado em parceria com a produtora paulistana São Paulo Imagem Data - agora, a produção é toda local e as parcerias se voltam para outros lados, como o Teatro Amazonas, em Manaus, que também realiza anualmente seu festival." Continua aqui.

thomas hampson - entrevista

No Estadão de ontem, a entrevista que fiz com o barítono Thomas Hampson, que se apresenta no Cultura Artística no final do mês: "O barítono norte-americano Thomas Hampson conta que seu contato com a música começou por meio da poesia e da literatura. Natural, portanto, que desde cedo as canções de Schubert, Schumann, Mahler, Charles Ives, Strauss e muitos outros autores tenham sido parte importante de seu repertório. E não apenas como cantor - aos 51 anos, ele tem textos dedicados a esses autores e criou há alguns anos uma fundação, The Hampsong Foundation, com o objetivo de pesquisar e difundir obras pouco conhecidas, contando com o trabalho de um grupo numeroso de musicólogos e formando parcerias com bibliotecas e arquivos de todo o mundo. Neste universo, no entanto, a obra do austríaco Gustav Mahler se sobressai. Hampson tem diversos registros de seus ciclos de canções, com maestros como Leonard Bernstein e Claudio Abbado, e participou da preparação de nova edição das partituras. No fim do mês, nos dias 27 e 28, ele vem ao Brasil pela primeira vez, como solista da Orquestra Jovem Gustav Mahler. No programa, claro, canções do compositor austríaco (uma seleção do ciclo Des Knaben Wunderhorn), sobre quem ele falou na entrevista a seguir, concedida com exclusividade ao Estado. Continua aqui.

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

belém


Cheguei agora há pouco em Belém, onde começa amanhã (hoje, na verdade) o I Festival Internacional de Ópera da Amazônia, que substitui o Festival do Theatro da Paz, que até o ano passado era realizado aqui com produção da paulistana São Paulo Imagem Data. A produção, agora, é local e o festival, ao extender seu nome a toda a Amazônia, pretende formar parcerias com Manaus e teatros de países latino-americanos. Isso, pelo menos, é o que se sabe, imagino que nos próximos dias teremos mais informações - e voltaremos à questão, que no Brasil parece eterna, das mudanças artísticas inspiradas pelas mudanças políticas (aqui no Pará o governo do PT substitui o governo do PSDB, que ficou 8 anos no poder). Enfim, de volta à música, a ópera que abre o festival é "O Guarani", com regência de um especialista em Carlos Gomes, o maestro Roberto Duarte, e direção cênica de William Pereira; ao longo de agosto e setembro, mais dois títulos: "La Cenerentola" (Luiz Malheiro/Caetano Villela, produção do Festival Amazonas, de Manaus) e "Gianni Schicchi" (Mateus Araújo/William Pereira). Na foto, o belo Theatro da Paz. Voltamos a nos falar.