segunda-feira, 12 de novembro de 2007

por aí...

A gente fica fora uns tempos... Roberto Minczuk – agora nenhuma das partes envolvidas nega – é mesmo o novo diretor musical e regente titular do Teatro Municipal do Rio, acumulando o posto com o de diretor e regente da Orquestra Sinfônica Brasileira. Generalmusikdiretor? Clóvis Marques é o primeiro a se pronuciar a respeito, na sua coluna na revista Concerto. Enquanto isso, em São Paulo, o episódio “Neschlíngua” (assim dizia o título do vídeo do ensaio, postado no You Tube, em que o maestro disparava contra desafetos, entre eles o governador José Serra) parece chegar a um fim com uma carta, endereçada aos membros do conselho da Fundação Osesp, em que Neschling pede desculpas e manifesta seu “respeito a todos a que afetei com minhas palavras” – em tempo: a associação de profissionais da Osesp também divulgou carta, endereçada ao presidente da fundação, FHC, manifestando sua “total indignação, reprovação e repúdio” com a divulgação do vídeo. Em outras palavras, pegou mal pra caramba. De volta à música: Antonio Meneses lançou novo disco, dedicado a obras de Mendelssohn – Leonardo Martinelli escreve a crítica no OutraMúsica (e, estando por lá, aproveite para ler o belo cacete que ele meteu na “Aida” apresentada no Credicard Hall, uma das maiores bobagens a que já fomos submetidos em anos recentes. No Estadão de ontem, Gilberto Mendes escreve sobre a biografia de Alfred Shnittke escrita por Marco Aurélio Scarpinella Bueno e lançada pela Algol. E, na BBC Music Magazine, um time de especialistas é escalado para defender a tese de que Leonard Bernstein foi o maior músico moderno. Depois tem mais.

7 comentários:

Mauricio Poletti disse...

Sobre o episódio do maestro Neschling, o que fica claro pra mim é a vontade que algumas pessoas tem de derrubá-lo, colocando um video que não está continuo, editando-o e claro, não saberemos o que havia no que foi cortado. E tudo isso meses depois do acontecido. Além do que me pareceu um ensaio fechado ao publico e não um depoimento em um palanque, o que na minha opinião faz muita diferença. Procurar os seus músicos e conversar com eles a respeito dos acontecimentos que o envolviam e se manifestar a respeito, me parece algo normal. Gostaria de saber quem nunca fez algum comentário pejorativo a alguma pessoa de maneira particular que se tivesse sido gravado e anunciado não sentiria o mesmo constrangimento. E claro, o fato do maestro ter chamado Serra de um grande administrador acaba ficando totalmente ignorado nessa história toda. Mas, como o João já falou essa história parece que já se encerrou.

Só me permita acrescentar, João no seu giro de noticias o premio Grammy Latino que a Osesp e o Maestro Neschling ganharam com o CD com a Sinfonia no. 06 de Beethoven. Mais um belo reconhecimento internacional para uma orquestra e um maestro brasileiro.

Anônimo disse...

então a petrobras está sem regente oficial, a não ser que assumo algum dos prazeres. é isso? assumir muitas funções acho complicado, me lembra o gilberto gil, mas é vantajoso para quem está no cargo. na verdade, a escolha de um regente só vai ser significativa quando tiver uma programação consistente. espero que o theatro municipal do rj volte a respirar. eu vi o tal vídeo que dizia ser a voz do neschling e achei uma conversa até normal. inflamada como o jeito dele, mas lembra um momento que tivemos farpas de todos os lados. o que não acontece agora. agora o momento passou. sinto aquele vídeo muito fora de contexto. maravilhoso o texto do gilberto mendes sobre o livro shnittke. bom, não poderia ser diferente. e adorei a entrevista do martinelli com o meneses. belíssimo texto!!! beijos, pedrita

Pedrita disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Pedrita disse...

leia-se assuma

joãosampaio disse...

Oi, Pedrita, só um adendo - a Petrobras ainda tem regente oficial e diretor artístico, trata-se do maestro Isaac Karabtchevsky, assim como Ligia Amadio se mantém à frente da Sinfônica Nacional. A brincadeira em torno do Generalmusikdirector se refere apenas ao crescimento do poder de Minczuk que, a partir de agora, comanda duas das quatro principais orquestras do rio, as duas mais antigas, além do principal palco da cidade, o Municipal. bjs, joão

Pedrita disse...

ah, é verdade!

Anônimo disse...

sei uns vão dizer que é uma injustiça, sei que outros vão dizer que não... mas acho que editado ou não, Neschiling sempre causa polêmica com suas declarações. e gosta disso... alimenta sua imagem e seu ego... adorei o vídeo...se eu fosse musicista da osesp gravaria um em cada ensaio... bj. pra vc, plush