terça-feira, 22 de maio de 2007
às vezes dá um bode...
Não escondo de ninguém que uma das melhores partes da profissão é a chance de conversar com artistas que são nossos ídolos, ter a oportunidade de colocar a eles questões e, mesmo que por um curto período de tempo, desenvolver uma conversa. Ontem, estive no Rio para entrevistar o maestro Kurt Masur. É daquelas personagens que impõem respeito só de olhar para você, só pela figura, sem contar tudo o que já fez e viveu. Mas, bem-humorado, adora contar histórias, responde a tudo com paciência, brinca sobre si mesmo. Experiências como essas é que fazem a correria valer a pena. Agora, de vez em quando a gente se depara com cada uma... O violoncelista Yo-Yo Ma vem ao Brasil em junho, é talvez um dos mais aguardados concertos do ano (se bem que eu estou mesmo é animado com a vinda do Thomas Hampson, mas, enfim, essa é outra história). Pois bem, ele concordou em dar entrevistas a alguns veículos da imprensa brasileira. Mas, para decidir quais, nós repórteres tivemos que mandar um pequeno currículo com nomes de pessoas da música que já entrevistamos, somados às páginas e às datas em que as matérias foram publicadas. E tem mais. Serão apenas dez minutos cronometrados, pelo telefone. Detalhe: a produção dele não passa o número – eles ligam para nós no horário da entrevista que, aliás, vai depender do humor dele no dia. Tudo bem, nem sempre este tipo de exigência parte do artista. Mas que dá um bode, dá....
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3 comentários:
Eu, se fosse você, João, ligaria para o agente dele e diria: "Por favor, me passa o currículo desse tal de... como é mesmo?... Ioiô... Bilboquê... Bambolê...?, porque eu quero avaliar se vale a pena eu entevistá-lo." Eu, hein? Acho-te uma graça! Isso por acaso é crediário das Casas Bahia, em que seu nome tem de ser aprovado?
muito estranho mesmo. me incomoda muito essa mania de alguns estrangeiros de menosprezarem a qualidade de profissionais brasileiros e pedirem, em certa altura da nossa vida, que provemos o que todo mundo já sabe. é o mesmo que muitos pedirem para cantores irem mostrar o que sabem quando já tem nome. se eles não conhecem o trabalho de cantores renomados, eles que são os desinformados. beijos, pedrita
seria mais elegante sugerir a ele que só escolheriam os jornalistas especializados e alguns veículos de comunicação, alegando que o artista tem uma agenda apertada e que com os especializados ele não precisaria explicar detalhadamente assuntos do segmento. beijos, pedrita
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