domingo, 29 de julho de 2007
campos do jordão, ópera nacional
Na Gazeta Mercantil, Leonardo Martinelli escreve texto inspirado sobre o Festival de Campos de Jordão – e a maneira como a cidade se transforma em julho – , além de uma entrevista com a maestrina Debora Waldman; no Estadão, Adriana Pavlova relembra a tentativa de criação, há 150 anos, da Escola Nacional de Ópera. Boa leitura, bom domingo.
quarta-feira, 25 de julho de 2007
thomas hampson
Falei agora há pouco por telefone com o barítono norte-americano Thomas Hampson, que se apresenta no fim do mês em São Paulo ao lado da Sinfônica Jovem Gustav Mahler, pelo Cultura Artística. No programa, seleções dos Knaben Wunderhorn. Falamos, portanto, muito da obra de Mahler– gosto bastante das gravações feitas por ele, em especial as que tem Leonard Bernstein como maestro. Ele falou bastante do trabalho com “Lenny”, disse que era muito jovem e que, se pudesse realizar apenas um desejo, seria trabalhar novamente com ele, agora que é um cantor mais experiente. Hampson pareceu ser um cara profundamente inteligente, fala de literatura, de filosofia, política; passa minutos discursando sobre a poesia de Walt Whitman e contando porque acredita que é nas canções que se pode encontrar a alma, a essência de uma cultura. Falamos também de ópera, de Verdi, da sua predileção por “papéis com contexto”, como o Posa no “Don Carlo”, Macbeth e de seu desejo de, um dia, cantar Iago e Falstaff. Foi um papo interessante. A entrevista completa logo será publicada pelo Estadão. Por enquanto, dou a dica do site de sua fundação, the Hampsong Foundation, onde se pode ouvir algumas de suas gravações e ler sobre suas pesquisas de repertório em bibliotecas americanas.
bayreuth ao vivo
Começou agora há pouco, com uma nova produção de "Os Mestres Cantores de Nurenberg", a edição deste ano do Festival de Bayreuth. A direção cênica é de Katharina Wagner, a bisneta mais jovem do compositor e uma forte concorrente ao posto de diretora geral do festival (leia aqui). Aproveito para relembrar a dica dada pelo Poletti nos comentários ao post abaixo – rádios na internet tornam possível ouvir ao vivo as óperas do festival. Você encontra uma lista de emissoras aqui.
terça-feira, 24 de julho de 2007
verbier ao vivo
O Festival UBS Verbier, realizado anualmente na Suíça, está disponibilizando na internet, em transmissões ao vivo, seus principais concertos. Neste momento, a atração é a violinista Hillary Hahn – os próximos destaques incluem um recital do duo Nelson Freire/Martha Argerich, a pianista Helene Grimaud, Evgueni Kissin com Esa Pekka-Salonen e muito mais. Para acessar, basta clicar aqui e se registrar (é necessário apenas fornecer o e-mail).
segunda-feira, 23 de julho de 2007
confusão
Não sei se a impressão é só minha, mas percebo que, quanto mais leio sobre a questão da indústria fonográfica de clássicos, menos consigo chegar a uma conclusão sobre o estado real do mercado. Alguns pontos já não se discute: as vendas caíram, o número de CDs lançados só cai, os repertórios se repetem, a crise das grandes gravadoras abriu espaço para selos menores, etc. Ao mesmo tempo, porém, ainda nos chegam notícias de novos contratos de exclusividade sendo assinados por selos como Decca e EMI Classics que, aliás, acaba de anunciar uma parceria com o Metropolitan para lançamento de DVDs. Os números também são confusos. Recentemente, o crítico Alex Ross publicou em seu blog uma pesquisa que mostra como a venda de CDs clássicos caiu vertiginosamente e passou a representar apenas 2% do mercado global de gravações nos EUA. Na Europa, porém, a situação se inverte, para não falar na Ásia, onde há um crescimento significativo. E há, claro, a internet. Os clássicos já representam, segundo pesquisa de 2006, 13% do mercado virtual de downloads. E leio agora na "Newsweek" um artigo que mostra como esse número só tende a crescer. A autora do texto conversa com analistas e chega à conclusão de que a música clássica é o gênero ideal para o comércio on-line. Os motivos? 1) a complexidade das partituras e, conseqüentemente, das gravações as tornam difíceis de serem pirateadas – em outras palavras, o cliente prefere pagar e conseguir um arquivo melhor do que sair em busca de arquivos gratuitos mas de qualidade inferior, o que tem levado até mesmo grandes conglomerados, ainda hesitantes quanto ao mercado virtual, a investir na venda de faixas clássicas; 2) enquanto a maioria dos amantes da música popular busca faixas dos mesmos artistas, no mundo clássico a lógica se inverte: de quase metade das 146.031 faixas que a Naxos disponibiliza em seu site foram vendidas apenas 10 unidades – o suficiente, no entanto, para representar um quarto do lucro da companhia, estimado em US$ 82 milhões; ou seja, os gostos são variados e é possível achar interessados para qualquer tipo de gravação. Até aí, tudo bem. O que me pega são as conclusões que se tira a partir deste quadro. Vá lá, há um contexto favorável para que as vendas aumentem – e esse aumento pode mesmo levar ao surgimento de novas estrelas clássicas, fenômenos de venda, como no passado. Agora, a terceira conclusão da jornalista da "Newsweek" e seus especialistas é que me pega: para eles, o mercado virtual vai trazer um novo público para a música clássica. Os números são mesmo interessantes. No ano passado, a BBC disponibilizou para download gratuito a integral das sinfonias de Beethoven. Foram 1, 4 milhão de acessos e pesquisa mostra que boa parte dos clientes é de jovens que estavam tendo seu primeiro contato com a música clássica. Agora, aí é que complica: o que nos leva a crer que este público vai passar a ocupar as salas de concerto mundo afora? Cito outra pesquisa, feita por um norte-americano. Não me lembro exatamente dos números, mas a idéia é a seguinte: ele analisou a faixa etária dos freqüentadores de concertos de 30 anos atrás e chegou a uma média de idade entre 35 e 40 anos; fez o mesmo hoje e chegou a uma média em torno de 65 anos – ou seja, trata-se do mesmo público; e, segundo ele, a porcentagem de novos ouvintes é irrisória. A pesquisa talvez exagere quando diz, por exemplo, que a falta de público fará com que, em menos de dez anos, metade das orquestras americanas feche suas portas. Mas... será mesmo exagero? Bom, paro por aqui. Não sei se ajudei em alguma coisa com essas linhas. Talvez tenha deixado vocês ainda mais confusos. Eu, com certeza, fiquei.
sexta-feira, 20 de julho de 2007
sobre alan gilbert
No The Rest is Noise, Alex Ross reúne um pouco da repercussão sobre a escolha do novato Alan Gilbert para dirigir a Filarmônica de Nova York a partir da temporada 2008/2009.
quinta-feira, 19 de julho de 2007
met em dvd
O Metropolitan Opera assinou um contrato com a EMI Classics e vai lançar, em 2008, cinco DVDs com produções da próxima temporada. São elas:
– Hansel und Gretel: com Christine Schäfer, Alice Coote e o tenor Philip Langridge como a Bruxa; nova produção assinada por Richard Jones e regida por Vladimir Jurowski (gravação no dia 1º de janeiro)
– Macbeth: com Lado Ataneli; nova produção assinada por Adrian Noble e regida por James Levine (gravação no dia 12 de janeiro)
– Manon Lescaut: com Karita Mattila e Marcelo Giordani, regência de James Levine (gravação no dia 16 de fevereiro)
– Peter Grimes: com Anthony Dean Griffey e Patricia Racette; nova produção assinada por John Doyle e regida por Donald Runnicles (gravação no dia 15 de março)
– La Bohème: com Angela Gheorghiu e Ramón Vargas, regência de Nicola Luisotti (gravação no dia 15 de abril)
Há a possibilidade de outras récitas, apresentadas durante a temporada 2006/2007 – o Puritani com Anna Netrebko, o Onseguin com Renée Fleming e O Barbeiro de Sevilha com Juan Diego Flórez – também serem lançdas. Mais informações aqui.
– Hansel und Gretel: com Christine Schäfer, Alice Coote e o tenor Philip Langridge como a Bruxa; nova produção assinada por Richard Jones e regida por Vladimir Jurowski (gravação no dia 1º de janeiro)
– Macbeth: com Lado Ataneli; nova produção assinada por Adrian Noble e regida por James Levine (gravação no dia 12 de janeiro)
– Manon Lescaut: com Karita Mattila e Marcelo Giordani, regência de James Levine (gravação no dia 16 de fevereiro)
– Peter Grimes: com Anthony Dean Griffey e Patricia Racette; nova produção assinada por John Doyle e regida por Donald Runnicles (gravação no dia 15 de março)
– La Bohème: com Angela Gheorghiu e Ramón Vargas, regência de Nicola Luisotti (gravação no dia 15 de abril)
Há a possibilidade de outras récitas, apresentadas durante a temporada 2006/2007 – o Puritani com Anna Netrebko, o Onseguin com Renée Fleming e O Barbeiro de Sevilha com Juan Diego Flórez – também serem lançdas. Mais informações aqui.
quarta-feira, 18 de julho de 2007
a vez de chicago
Após a escolha de Alan Gilbert para o posto de diretor da Filarmônica de Nova York, a próxima grande orquestra americana a sair em busca de um maestro é a Sinfônica de Chicago. Sete são os candidatos, segundo matéria publicada hoje no Chicago Tribune: Riccardo Chailly, Riccardo Muti, Antonio Pappano, David Robertson, Esa Pekka Salonen, Leonard Slatkin e Michael Tilson Thomas (a princípio, os favoritos são Muti e Chailly). Leia mais aqui.
guleghina no brasil
Eu ainda não tinha visto – talvez fosse o único – mas foi divulgado o elenco que vai cantar Aida com o maestro Lorin Maazel e a Sinfônica Toscanini em agosto, na Sala São Paulo, parte da temporada do Mozarteum Brasileiro: Maria Guleghina (Aida), Ana Smirnova (Amneris), Walter Fraccaro (Radames), Juan Pons (Amonasro), Rafal Siwek (Ramfis), Antonio de Gobbi (Rei do Egito), Luca Casalin (Mensageiro) e Maria Cioppi (Sacerdotisa). Mais informações aqui.
morre o tenor jerry hadley
Morreu agora há pouco em um hospital de Poughkeepsie, Nova York, o tenor norte-americano Jerry Hadley. Ele estava em coma desde a semana passada devido aos ferimentos provocados por um tiro na cabeça após uma tentativa de suicídio. Há dois dias, uma junta médica decicidiu tirar Hadley dos aparelhos. Ele estava com 55 anos e, segundo a imprensa americana, sofria de depressão e estava enfrentando sérios problemas financeiros. Hadley fez importante carreira em teatros americanos e ganhou fama com papéis como Candide, que gravou com Leonard Bernstein, e Jay Gatsby, na estréia de The Great Gatsby, de John Harbison. Leia mais no site da PlayBill e no New York Times e ouça trechos.
filarmônica de ny escolhe novo diretor
No início do ano, o maestro Lorin Maazel surpreendeu o meio musical norte-americano ao se adiantar e reunir a imprensa para deixar claro que não pretendia renovar seu contrato de diretor da Filarmônica de Nova York, que se encerra em 2009. Ele mesmo deu início à temporada de especulações ao, na mesma ocasião, sugerir que Daniel Barenboim seria o substituto ideal. Barenboim, por sua vez, agradeceu a gentileza mas deixou claro que não tinha intenção alguma de assumir o posto; em seguida, falou-se em Riccardo Muti, nome rechaçado por parte da crítica, interessada em um nome novo, diferente, que pudesse dar nova vida à orquestra - em especial após a nomeação de Gustavo Dudamel, de 25 anos, para dirigir a Filarmônica de Los Angeles. Bom, a dúvida chegou ao fim. A Filarmônica de Nova York anuncia hoje a escolha de Alan Gilbert, regente novaiorquino de 40 anos, para suceder Maazel. Ele passará 12 semanas por ano com a orquestra; Muti será apontado principal regente convidado e estará com a orquestra de 6 a 8 semanas por temporada. Mais informações no New York Times, que adianta a história.
portari em berlim
segunda-feira, 16 de julho de 2007
pela rede
No Portal VivaMúsica, a programação musical da semana em São Paulo; no Times, um panorama da programação dos principais festivais europeus; em Chicago, boas notícias: pela primeira vez desde 2003, a Sinfônica termina uma temporada sem perder dinheiro; situação do tenor Jerry Hadley, após tentativa frustrada de suicídio, é grave; no Estadão, a matéria sobre a masterclass de Kiri Te Kanawa em Campos do Jordão; na Commentary Magazine, texto relembra o pianista Arthur Schnabel; no New York Times, a crítica do Anel do Kirov, comentários sobre ciclo de canções de Phillip Glass e um texto sobre a Terceira de Mahler de James Levine em Tanglewood; no Lincoln Center, um Rei Lear misturando ópera chinesa, música contemporânea e teatro; no site da Petrobrás Sinfônica, mais notícias do mundo musical.
Uma atualização, que faço às 16h40: uma junta médica, após uma longa reunião, resolveu tirar o tenor Jerry Hadley dos aparelhos, garantindo à família que seu caso é irreversível e que ele será mantido confortável até os momentos finais. Mais informações aqui.
Uma atualização, que faço às 16h40: uma junta médica, após uma longa reunião, resolveu tirar o tenor Jerry Hadley dos aparelhos, garantindo à família que seu caso é irreversível e que ele será mantido confortável até os momentos finais. Mais informações aqui.
domingo, 15 de julho de 2007
campos (2)
Um pouquinho daquilo que vi e ouvi desde quinta-feira, durante o segundo fim de semana da programação do Festival de Inverno de Campos do Jordão. Logo na chegada, acompanhei concerto de Jocy de Oliveira na Praça do Capivari. Ela estava um tanto insegura quanto à idéia de apresentar suas obras naquele contexto, mas o resultado não foi ruim. Pelo contrário - e talvez a conversa que ela teve com o público antes da apresentação tenha feito diferença. Na sexta, o destaque foi a aula de Kiri Te Kanawa à tarde e, à noite, o recital de Antonio Meneses com Gerard Wyss. Meneses, aliás, foi uma das muitas estrelas que compareceu, no sábado, ao concerto de Kiri Te Kanawa. E, após as canções de Strauss, foi o primeiro a se levantar para aplaudir a soprano, sendo seguido por outros artistas, como a violonista Sharon Isbin, que fez um interessante recital no sábado à tarde. Ainda sobre o concerto de Kiri: Campos está mesmo virando espaço de jogos políticos inusitados. Na semana passada, a abertura foi acompanhada pelo governador José Serra, que assistiu à Osesp regida pelo maestro John Neschling e, no domingo, ofereceu almoço aos bolsistas e professores do festival. Bom, Serra voltou ao auditório e, desta vez, não estava sozinho - trouxe o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o ex-governador Geraldo Alckmin e o prefeito Gilberto Kassab, além de outras autoridades ligadas ao PSDB. Depois do concerto, conversou bastante com Minczuk, a quem convidou para um jantar, naquela mesma noite, no Palácio Boa Vista. Não se falava em outra coisa - tanto apoio e prestígio, somados à presença de FHC, presidente da Fundação Osesp, devem querer dizer alguma coisa. É aguardar para ver.
falei com a diva
A persistência é mesmo a alma do negócio. Depois de semanas dizendo "não", dame Kiri Te Kanawa chegou a Campos bem-humorada, resolveu dar uma masterclass aos alunos do festival, permitiu meu acesso à aula e, em seguida, concedeu uma pequena entrevista. O encontro com os jovens cantores foi uma experiência incível - a matéria sobre ele sai na capa do Caderno 2 de amanhã e, assim que entrar no ar, coloco o link aqui no blog. Mas queria aproveitar aqui para falar um pouco dos bastidores da entrevista. Ela aceitou concedê-la com algumas condições - no máximo 20 minutos e nada de "perguntas óbvias", nada que a gente pudesse encontrar no seu currículo ou em entrevistas dadas recentemente. Jornalistas, disse ela à direção do festival, são "chatos, cansativos", perguntam sempre as mesmas coisas. No final das contas, confesso que nunca havia me sentido tão intimidado por um entrevistado. Talvez seja coisa de tiete - e, depois de passar uma tarde ouvindo seu Strauss com Georg Solti é difícil não se apaixonar por ela. Mas, sei lá, há algo no olhar dela, nos gestos, é difícil precisar, que mexe com a gente. É preciso dizer - simpática ela não é. Mas alguma coisa na distância com que ela trata a gente nos faz querer penetrar aquele escudo. É um desafio interessante entrevistar alguém nesse contexto. Mas ainda bem que não é sempre que acontece.
quarta-feira, 11 de julho de 2007
jerry hadley hospitalizado
O tenor norte-americano Jerry Hadley está internado em estado crítico em um hospital norte-americano após atirar em si mesmo em sua casa, em Poughkeepsie, próximo a Nova York. Leia mais.
é hoje
Eu juro que tentei. Primeiro, falaríamos pelo telefone, mas não deu certo; tentamos de novo, mas não rolou. Sugerimos um encontro pessoalmente após sua chegada ao Brasil: sim, depois talvez, acho que não, talvez de novo, nada feito, chega de imprensa. Enfim, no final das contas, Kiri Te Kanawa não quis nada comigo, mais uma para a lista de entrevistas que não consegui fazer. Mas, tudo bem. Ela canta hoje no Teatro Alfa, ao lado da OSB. Ontem, Luiz Paulo Horta publicou no Globo sua crítica do concerto que ela fez domingo, no Rio. Em resumo, além de elogiar bastante a orquestra, o que ele diz é que a voz já não é a mesma, mas sua inteligência, técnica e musicalidade estão intactas. No Estadão de hoje, um texto curto, anunciando o concerto - mas passo o link por outro motivo: a chance de ouvi-la cantando Zueignung, de Strauss, com Georg Solti ao piano. Para ir aquecendo os ouvidos. E, bom, ela vai estar em Campos do Jordão... lá, talvez, eu consiga falar com ela? Quem sabe...
terça-feira, 10 de julho de 2007
campos (1)
No Caderno 2 de hoje, a cobertura do primeiro fim de semana do Festival de Inverno de Campos do Jordão (na foto, a soprano Gabriela Geluda em cena da pocket-opera Solo, de Jocy de Oliveira).
segunda-feira, 9 de julho de 2007
de volta
Estive em Campos do Jordão acompanhando o primeiro fim de semana do Festival de Inverno, daí minha ausência aqui no blog nos últimos dias. Mas estou de volta à carga. No final da tarde, coloco aqui o link para a matéria que escrevi sobre o festival, que será publicada amanhã no Caderno 2. Por enquanto, dou a dica de uma entrevista feita por Humberto Pereira da Silva com o compositor Flô Menezes, publicada na revista virtual Trópico.
quinta-feira, 5 de julho de 2007
morre a soprano regine créspin
As agências internacionais acabam de informar o falecimento, aos 80 anos, da soprano francesa Regine Créspin. A informação foi dada por seus familiares. Mais informações aqui.
quarta-feira, 4 de julho de 2007
rapidinhas
Aos leitores de plantão na madrugada: Lincoln Center faz primeiras homenagens a Beverly Sills (leia também o célebre perfil da soprano publicado, nos anos 70, pela revista Time); restaurado piano que presenciou o ataque atômico em Hiroshima; algumas dicas de lançamentos de CDs em julho; Quarteto FLUX oferece recompensa para recuperar violino roubado.
terça-feira, 3 de julho de 2007
pavarotti
Novidades sobre o estado de saúde de Luciano Pavarotti, que há cerca de um ano passou por uma cirurgia devido a um câncer no pâncreas. Sua filha Giuliana, em entrevista a uma revista italiana, disse que o pai “sabe que morrerá logo” e vive hoje uma “rotina de doente”, passando por sessões de fisioterapia pela manhã, almoçando com suas filhas, dando aulas a três ou quatro alunos durante a tarde e terminando o dia em casa com a mulher e alguns velhos amigos. A empresária do cantor, no entanto, afirmou à Associated Press que as palavras de Giuliana foram tiradas de contexto e que Pavarotti, mesmo ainda se recuperando, se sente muito bem e está atualmente gravando um disco com canções sacras.
Uma atualização, que faço às 19h25: A agência espanhola EFE distribuiu agora há pouco entrevista com Giuliana Pavarotti, questionando a matéria publicada pela revista “Diva e Donna”. “Meu pai, com a força de seu talento para vencer os desafios mais difíceis, está se recuperando, acreditando em sua cura, o que anima toda a família”, disse. E acrescentou: “O que foi publicado pela revista é exatamente o contrário do que eu disse e está em evidente contradição com as palavras de meu pai, que fala vivamente de sua melhora.”
Uma atualização, que faço às 19h25: A agência espanhola EFE distribuiu agora há pouco entrevista com Giuliana Pavarotti, questionando a matéria publicada pela revista “Diva e Donna”. “Meu pai, com a força de seu talento para vencer os desafios mais difíceis, está se recuperando, acreditando em sua cura, o que anima toda a família”, disse. E acrescentou: “O que foi publicado pela revista é exatamente o contrário do que eu disse e está em evidente contradição com as palavras de meu pai, que fala vivamente de sua melhora.”
ópera comentada
A série Ópera Comentada, que acontece no Centro Brasileiro Britânico, programou para o mês de julho a exibição da tetralogia "O Anel do Nibelungo", de Wagner. As apresentações, em DVD, com comentários de Lauro Machado Coelho, acontecem aos sábados, a partir do dia 7, com "O Ouro do Reno". A versão exibida será a do Metropolitan Opera House (1990), com regência de James Levine e direção cênica de Otto Schenk. A entrada é franca e, em julho, as apresentações ocorrem a partir das 14 horas. Mais informações pelo e-mail opera.comentada@gmail.com.
novas platéias, salários, freire, críticos...
No Telegraph, de Londres, Alice O'Keeffe, editora de Artes do New Statesman, escreve sobre programas criados em Londres para atrais novas platéias para a música clássica; no Chicago Tribune, uma investigação sobre os salários dos principais maestros em atividade nos Estados Unidos; no New York Times, Daniel J. Wakin escreve sobre as encomendas de novas obras feitas pelo Lincoln Center e Edward Rothstein resenha o livro “Why Classical Music Still Matters”, de Lawrence Kramer; e, no Guardian, a crítica de recital do pianista Nelson Freire no Queen Elizabeth Hall, em Londres, além de um texto em que Susan Tomes se pergunta: músicos vão começar a processar seus críticos?
guia prático
A pianista Clara Sverner acaba de lançar pelo selo Biscoito Fino um álbum com os onze cadernos do “Guia Prático” de Villa-Lobos. Mais informações aqui.
morre a soprano beverly sills
Morreu na noite de ontem, segunda-feira, a soprano norte-americana Beverly Sills. Aos 78 anos, ela foi vítima de um câncer de pulmão. "Sills foi a versão americana de uma prima donna. Seu jeito direto e sua vitalidade fizeram dela celebridade genuína e advogada das artes. Sua vida personificou a arquetípica história americana de origens humildes, anos de luta, tragédia familiar e triunfo artístico", escreve Anthony Tommasini no New York Times, que traz mais informações sobre sua morte. Leia sobre a soprano também nos jornais Philadelphia Inquirer e Los Angeles Times e no site da agência Reuters. Na foto, Sills aparece em uma produção de "Anna Bolena", em 1973, na New York City Opera. E, no You Tube, uma seleção de vídeos da soprano, com seus principais papéis e uma divertida paródia ao lado do comediante Danny Kaye.
segunda-feira, 2 de julho de 2007
domingo, 1 de julho de 2007
rádio cultura (2)
Encontro a informação de que a jornalista Gioconda Bordon é a nova responsável pelo conteúdo da rádio, substituindo José Roberto Walker. Alertado pelo Polleti, faço remissão aqui para o blog da Cultura, onde há um debate de ouvintes sobre as mudanças na programação. Você entra aqui mas, para chegar ao post sobre a rádio, é preciso, lá no fim da página, onde se lê "Ir para a página...", preencher o quadradinho com o número 2.
em bayreuth, sem ingressos
A dificuldade para se conseguir um ingresso que dê acesso ao Festival de Bayreuth já é tão lendária quanto o teatro em que ele é realizado ano após ano. Em seu suplemento de Viagem, portanto, o New York Times fez um roteiro alternativo - "Em Bayreuth, sem ingressos" -, que inclui, além da casa em que viveu Wagner (na foto, hoje um museu), os palácios e outros teatros da região. Vale a leitura. E sabe que, lendo o texto, lembrei de quando estive lá, há quatro anos, claro, sem ingressos e fora da época do festival. É uma experiência incrível visitar o museu dedicado ao compositor e poder, entre outras coisas, observar sua biblioteca pessoal, os autores que lia, as partituras de outros compositores (muito poucas, algum Mozart, Beethoven e Bellini, entre outros) que mantinha no acervo. E a Casa do Festival? Uau! Demos sorte, deixamos a visita para o final da manhã, sem saber que a nossa seria a última visita antes de o teatro fechar e só ser reaberto a turistas depois do festival do ano seguinte. Já pensou? Ir a Bayreuth e não ver o teatro... Enfim, conseguimos entrar e guardo muito bem a foto que tirei no posto do maestro, no fosso da orquestra, assim como a memória de caminhar pelo palco em que tantos cantores maravilhosos pisaram... E há também coisas curiosas. É interessante, por exemplo, ver o imponente Museu Wagner fazendo sombra à casa dedicada à memória de Liszt - que fica ali do lado mas, escondidinha, é difícil de encontrar - e, lá, poder ler as cartas que o autor do Anel escrevia ao sogro, puxando seu saco até não poder mais e pedindo ajuda financeira... Que viagem foi aquela...
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