domingo, 15 de julho de 2007
campos (2)
Um pouquinho daquilo que vi e ouvi desde quinta-feira, durante o segundo fim de semana da programação do Festival de Inverno de Campos do Jordão. Logo na chegada, acompanhei concerto de Jocy de Oliveira na Praça do Capivari. Ela estava um tanto insegura quanto à idéia de apresentar suas obras naquele contexto, mas o resultado não foi ruim. Pelo contrário - e talvez a conversa que ela teve com o público antes da apresentação tenha feito diferença. Na sexta, o destaque foi a aula de Kiri Te Kanawa à tarde e, à noite, o recital de Antonio Meneses com Gerard Wyss. Meneses, aliás, foi uma das muitas estrelas que compareceu, no sábado, ao concerto de Kiri Te Kanawa. E, após as canções de Strauss, foi o primeiro a se levantar para aplaudir a soprano, sendo seguido por outros artistas, como a violonista Sharon Isbin, que fez um interessante recital no sábado à tarde. Ainda sobre o concerto de Kiri: Campos está mesmo virando espaço de jogos políticos inusitados. Na semana passada, a abertura foi acompanhada pelo governador José Serra, que assistiu à Osesp regida pelo maestro John Neschling e, no domingo, ofereceu almoço aos bolsistas e professores do festival. Bom, Serra voltou ao auditório e, desta vez, não estava sozinho - trouxe o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o ex-governador Geraldo Alckmin e o prefeito Gilberto Kassab, além de outras autoridades ligadas ao PSDB. Depois do concerto, conversou bastante com Minczuk, a quem convidou para um jantar, naquela mesma noite, no Palácio Boa Vista. Não se falava em outra coisa - tanto apoio e prestígio, somados à presença de FHC, presidente da Fundação Osesp, devem querer dizer alguma coisa. É aguardar para ver.
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3 comentários:
gosto quando políticos se aproximam das produções culturais que patrocinam. mesmo que sejam para se promover, mostrar serviço e ganhar votos, eles conhecem um pouco mais de perto aquilo que financiam. evitam amadorismos nas decisões futuras por puro desconhecimento. beijos, pedrita
Sinceramente espero que não signifique a saída do Maestro Neschling da Osesp. Vai ser uma vergonha para esse governador se retirar o maestro depois de tanto sucesso que vem conseguindo por problemas que não são claros. Lamentável !!!!
Alias uma vergonha para qualquer um que apóie uma mudança no comando da Osesp, em minha opinião. Tirar um regente quando ele não dá resultados tudo bem, agora, tirar um regente que apresenta os melhores resultados já conseguidos por uma orquestra brasileira é lamentável e vergonhoso. Espero que realmente isso não aconteça.
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