sábado, 30 de junho de 2007
rádio cultura
A coluna de Mônica Bergamo, publicada hoje na Folha, traz informações sobre a Rádio Cultura. Na nota "Ruído", está a informação de que 17 programas serão tirados do ar, medida que, segundo a direção da rádio, faz parte de uma reformulação que irá priorizar o espaço para a música erudita e acabar com a exibição de anúncios comerciais. Em seguida, a coluna informa que o programa Diário da Manhã, de Salomão Schwartzman, é a "primeira vítima" dos cortes e traz declarações do apresentador, para quem a decisão foi "política e ideológica", já que seu programa tem, segundo ele, a maior audiência da rádio e quatro patrocinadores. A rádio nega as acusações. Não há ainda informações sobre os outros cortes. Em tempo: o novo diretor de jornalismo da Cultura AM e FM é o jornalista Marco Antônio Gomes; ainda não foi divulgado oficialmente - por favor me corrijam se eu estiver errado - o nome que irá substituir José Roberto Walker à frente da programação da FM.
sexta-feira, 29 de junho de 2007
antologia pessoal
O violonista Edelton Gloeden respondeu, há algumas semanas, o questionário da coluna Antologia Pessoal, do Cultura, do Estadão, em que artistas falam de suas preferências. Na correria, acabei esquecendo de colocar aqui suas respostas. Então, lá vai, é só clicar aqui.
no guardian
No site do Guardian, Nicholas Kenyon escreve perfil da Orchestra of the Age of Enlightment, que completa 21 anos; o barítono e agora diretor cênico Thomas Allen escreve sobre "Cosi Fan Tutte", de Mozart; e a violinista Viktoria Mullova fala sobre sua carreira em entrevista a Laura Barnett.
quinta-feira, 28 de junho de 2007
wagner, de novo
Quem acompanha o blog há algum tempo sabe de minha compulsão por gravações de "A Valquíria". Havia prometido a mim mesmo dar um tempo nas buscas, mas, após uma semana chata de repouso forçado, resolvi cometer uma pequena traição e comprar uma caixa em que estava de olho já há algum tempo, desde que li sobre ela na Grammophone - a gravação ao vivo de uma produção da Ópera da Holanda, regida por Hartmut Haenchen. O que ela tem de diferente? É a primeira Valquíria "historicamente informada", informava o texto da Grammophone. Utiliza uma nova partitura do Anel, em que, além de correções e limpezas, são computadas as orientações dadas por Wagner aos cantores durante os ensaios da estréia, anotadas pelos quatro regentes-assistentes. Fiquei curioso. E também me interessei em ouvir a Brünhilde de Linda Watson, de quem se tem falado muito por aí. Enfim, paro por aqui - quero ouvir tudo direito antes de fazer qualquer comentário. E, além disso, o post era para falar de outra coisa: "Wagner", o filme de Tony Palmer em que Richard Burton interpreta o compositor, que já havia chegado por aqui em edição importada, custando mais de R$ 200, ganhou edição nacional e a caixa, com quatro DVDs, sai por pouco mais de R$ 50. Talvez eu seja o último a saber da novidade mas, enfim, fica a dica...
música perdida
No OutraMúsica, Leonardo Martinelli escreve sobre "Música Perdida", em que o escritor Luiz Antônio de Assis Brasil romanceia a vida do compositor Joaquim José de Mendanha.
beverly sills é internada em ny
A agência de notícias Associated Press informa que a soprano norte-americana Beverly Sills, de 78 anos, está internada em um hospital de Nova York devido a uma "grave enfermidade". A AP não soube precisar a causa da internação, mas o texto da nota afirma que o Metropolitan Opera enviou aos membros de seu conselho um e-mail informando que as condições de Sills são graves. Mais informações aqui e no blog De Ópera e Concertos.
pela rede
Uma seleção de artigos encontrados na internet. No Philadelphia Inquirer, texto sobre o modo como a decadência das gravadoras criou uma geração de grandes regentes pouco conhecidos internacionalmente; no New York Times, perfil do dentista de 36 anos que virou fenômeno na Inglaterra ao ganhar um daqueles programas de calouros interpretando uma versão da ária Nessun Dorma, de Turandot; já nos Los Angeles Times, o crítico Mark Swed ouve discos de Phillip Glass, Valentin Silvestrov e Peteris Vasks e discute a sinfonia no século 21; e, em entrevista ao Financial Times, de Londres, o maestro Lorin Maazel ataca a crítica norte-americana, que não tem gostado muito de seu trabalho à frente da Filarmônica de Nova York.
quarta-feira, 27 de junho de 2007
manuscritos
A dica vem do blog de Alex Ross, crítico da revista New Yorker: a Juilliard School acaba de disponibilizar na internet sua coleção de manuscritos, onde você encontra da "Nona" de Beethoven até arranjos feitos por Leonard Bernstein para obras de Aaron Copland. Coisa fina.
ela não vem
A pianista portuguesa Maria João Pires não vem mais ao Brasil, onde faria recital com o violoncelista Antonio Meneses no Festival de Inverno de Campos do Jordão. Ela pediu desculpas e alegou problemas pessoais para o cancelamento. O recital de Meneses, no entanto, está mantido - em vez de Maria João, ele agora divide o palco com o pianista suíço Gerard Wyss, com quem aliás gravou o disco lançado no Brasil pelo selo Clássicos, da revista Concerto, dedicado a Schumann e Schubert. Em tempo: o recital está marcado para o dia 13, às 21 horas, no Auditório Cláudio Santoro; no programa, obras de Nadia Boulanger (Três peças para Violoncelo e Piano), Mendelssohn (Variações Concertantes Op.17), Brahms (Sonata n°2 em Fá maior, Op.99) e Grieg (Sonata em Lá menor Op.36).
a italiana em argel
terça-feira, 26 de junho de 2007
salas de concerto
Nicolai Ouroussoff, o crítico de arquitetura do "New York Times", faz uma análise interessante das novas tendências na construção de salas de concerto em todo o mundo. O áudio é acompanhado por uma seleção de imagens que ilustram os comentários do crítico. Para acessar, clique aqui e, em seguida, clique no link "Form and Sounds" na lista de multimídias.
domingo, 24 de junho de 2007
que compositor?
A pianista Ana Claudia Britto achou na internet este divertido teste - você responde a uma série de perguntas, o computador cruza as respostas e diz que compositor você seria.
Para entrar, clique aqui.
Para entrar, clique aqui.
brasília, 2007
O maestro Ira Levin anunciou sua programação completa para 2007 da Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro. Confira aqui (a lista inclui os concertos já realizados).
redescobrindo nazareth
No "Cultura" do Estadão de hoje, texto de João Marcos Coelho sobre "O Enigma do Homem Célebre", de Cacá Machado, nova biografia do compositor Ernesto Nazareth. "Corria o ano de 1930. De repente, no meio de um recital da pianista Guiomar Novaes no Teatro Municipal do Rio, um homem de cabelos brancos desgrenhados sai transtornado da platéia, em prantos: “Por que eu não fui estudar na Europa? Eu queria ser como Guiomar Novaes.” O protagonista da dolorosa cena, relatada por sua filha Eulina, foi o compositor Ernesto Nazareth (1863-1934). Ele estava com 67 anos, quase surdo e com o juízo mental fragilizado pela sífilis. Foi o primeiro de uma série de claros sintomas de demência em seus últimos anos de vida. Internado em 1933 na Colônia Juliano Moreira, fugia e ia ao centro do Rio tocar piano compulsivamente em alguma casa de partituras. O episódio é revelado por Cacá Machado em seu magnífico O Enigma do Homem Célebre - Ambição e Vocação de Ernesto Nazareth, que o Instituto Moreira Salles lança no sábado às 16 horas em seu centro cultural paulistano (Rua Piauí, 844). O instituto, aliás, preserva o acervo Nazareth, daí o excepcional portfólio iconográfico ao final do livro, que também oferece um CD em que a pianista Sonia Rubinsky interpreta as peças analisadas pelo pesquisador." Continua aqui.
sábado, 23 de junho de 2007
desvios
Mais um post rapidinho antes de sair para Campinas para o quarto concerto da série dedicada a Berio e Ligeti de que fiz a curadoria para o Espaço Cultural CPFL. Amanhã, prometo que escrevo mais sobre as apresentações, que têm sido bem interessantes. Mas, antes, queria só comentar um negócio que li agora há pouco na Folha de ontem (é, a leitura anda um pouco atrasada...)sobre o espetáculo "O Guarani VIA GOL". É o primeiro de uma série de espetáculos promovidos pela companhia aérea com o objetivo, dizem eles, de "oferecer novos olhares sobre grandes e consagradas obras de arte". Enfim, para resumir, o espetáculo pega a partitura de Carlos Gomes e a mistura com a música eletrônica, com a participação de DJs, maestro, soprano, etc, "lançando no Brasil o conceito de espetáculo-festa". Não vou nem entrar no mérito deste tipo de espetáculo, até porque não o assisti e nem pude conversar com nenhum dos envolvidos. O que me chamou a atenção, na verdade, foi o valor de patrocínio publicado pela Folha. A coisa toda vai custar R$ 4,7 milhões, dos quais R$ 3,7 milhões foram captados com chancela das leis de incentivo. Detalhe: serão apenas duas apresentações, a primeira (ontem) fechada para convidados e a segunda, hoje, com ingressos de R$ 25 a R$ 120, aberta ao público. Pergunto: não é dinheiro demais para apresentação de menos? Com R$ 4,7 milhões, produzem-se quantas óperas? Quatro, cinco, seis? O valor é quase o dobro do orçamento total do Festival Amazonas, por exemplo. Não é novidade nenhuma que as leis de incentivo contém desvios absurdos mas, enfim, não custa perguntar: será que é certo uma empresa usar a renúncia fiscal para investir em projetos próprios? O que vocês acham?
yo-yo, michelle, tokyo, woody allen
Amigos, semana corrida no jornal, com a programação a todo vapor. Na Osesp, o "Romeu e Julieta" de Berlioz com Michelle de Young (leia entrevista); pelo Mozarteum, apresentação do Tokyo String Quartet (o acesso no site do Estado é restrito, mas você pode ler no blog OutraMúsica o texto de Leonardo Martinelli para a Gazeta Mercantil; no Municipal, a estréia de "A Italiana em Argel", de Rossini; e, claro, Yo-Yo Ma. Aqui, você lê a crítica de Lauro Machado Coelho - mas aproveito também para dar o link da matéria que fiz sobre a masterclass dada pelo violoncelista na quarta à tarde no Cultura Artística. Ele se encontrou com cerca de 30 jovens da Sinfônica de Heliópolis e da Orquestra Acorde para as Cordas. Foi um momento especial para eles - e para quem, da platéia, teve a chance de acompanhar a aula. Ah, antes que eu me esqueça, uma rapididinha, encontrada na rede por Leonardo Martinelli - Woody Allen vai dirigir sua primeira ópera: a convite de Plácido Domingo, estará à frente de uma nova produção de "Gianni Schicchi", de Puccini.
segunda-feira, 18 de junho de 2007
yo-yo
O violoncelista Yo-Yo Ma faz hoje a primeira das três apresentações marcadas para São Paulo dentro de sua turnê latino-americana (o recital de hoje, fechado para a Congregação Israelita Paulista, é na Sala São Paulo; amanhã e depois, o palco é o do Teatro Cultura Artística). Para marcar a passagem dele por aqui, dois ensaios publicados neste fim de semana na imprensa paulista sobre a importância do trabalho de Yo-Yo Ma. No Estadão, João Marcos Coelho escreve sobre a sua busca por novos repertórios; e, na Gazeta Mercantil, Leonardo Martinelli fala das gravações e do lugar que ocupa na longa história de intérpretes do instrumento. Em tempo: já havia postado aqui, mas segue de novo o link para a entrevista que fiz com ele, publicada no começo do mês pelo Estadão.
berezovsky
Durante a Folle Journée, realizada no começo do mês, no Rio, tive a chance conhecer o pianista russo Boris Berezovsky. Vencedor do Concurso Tchaikovski em 1990, o cara é uma figura - pouco antes do recital que ele deu no Municipal (pouco mesmo, 5 minutos, nem isso), ele podia ser visto jogando cartas no Amarelinho, ali na Cinelândia. Lembro disso a propósito de uma entrevista com ele publicada no The Japan Times, contribuição da Lu Medeiros. Ali, ele fala da carreira, do passatempo preferido (cassinos) e de Rachmaninoff. Aliás, depois de ouvi-lo interpretar o Rach-2 com a Sinfônica Nacional de Lígia Amadio, comprei um CD em que ele interpreta os concertos 2 e 3 de Rachmaninoff. O selo é o Mirare que, me informam, faz parte do grupo de distribuição do Harmonia Mundi. Gostei particularmente do Rach-3, do qual há alguns trechos no You Tube (por sinal, aproveite para dar uma olhada em outras duas versões do primeiro movimento, a de Nelson Freire, com Eleazar de Carvalho, e a de Martha Argerich, com Riccardo Chailly). Em tempo: na minha matéria publicada no jornal sobre a Folle Journée, as limitações de espaço deixaram de fora um comentário sobre a atuação de Lígia Amadio e da Sinfônica Nacional. Fiquei muito impressionado. Eles fizeram três programas diferentes em apenas dois dias. Assisti a dois deles, um com o Concerto de Grieg e outro com o Rach-2. O trabalho da Lígia foi exemplar. Ofereceu um acompanhamento preciso, cuidadoso, dando liberdade ao solista e, ao mesmo tempo, revelando a qualidade dos membros da orquestra – que a gente tenha cada vez mais chances de vê-la no palco aqui em São Paulo.
batutas em movimento
Depois de se recusar a renovar seu contrato com a Orquestra de Filadélfia, Cristoph Eschenbach vai deixar também o posto de diretor artístico da Orquestra de Paris, que já anunciou seu substituto, Paavo Järvi; já Leonard Slatkin foi nomeado regente convidado principal da Sinfônica de Pittsburgh; e, em visita a Londres, o crítico do "New York Times", Anthony Tommasini acompanhou concertos dos três novos responsáveis pelas principais orquestras da capital inglesa: Christoph von Dohnanyi (Philarmonia Orchestra), Valery Gergiev (Sinfônica de Londres) e Vladimir Jurowski (Filarmônica de Londres).
segunda-feira, 11 de junho de 2007
o valor da crítica
A importância da crítica musical é um dos temas do momento nos Estados Unidos. Tudo começou com a demissão do crítico do Atlanta Journal, decisão que provocou reação violenta dos músicos da cidade. No blog de Alex Ross há um bom resumo do caso, com declarações do crítico, dos artistas e dos editores do jornal. Agora, Daniel J. Wakin publica no New York Times texto sobre a importância da crítica musical e o modo como os jornais cada vez menos dão atenção a ela.
se todos fossem iguais a você...
Do diretor de TV e cineasta Luiz Fernando Carvalho, que assina a adaptação de "A Pedra do Reino", de Ariano Suassuna, que estréia amanhã na Globo, em entrevista a Luiz Carlos Merten: "Você faz cinema e TV, por que não ópera?Já me convidaram para dirigir uma opereta, mas eu disse não. Tenho muitas coisas para fazer, antes. E, depois, não quero dirigir ópera por dirigir, sem preparo, como tanta gente vem fazendo. É uma linguagem muito rica e complexa. Exige domínio cênico, conhecimento musical."
quarta-feira, 6 de junho de 2007
ópera de viena tem novo diretor
Dominique Meyer, atual diretor do Teatro Champs-Elysees em Paris, será o novo diretor geral da Ópera de Viena a partir da temporada 2010/2011. O anúncio foi feito agora de manhã pelo governo austríaco, que aproveitou para divulgar o nome do novo regente-titular, em substituição a Seiji Osawa, que deixa o cargo também em 2010 - será o austríaco Franz Welser-Most. A indicação de Meyer surpreendeu o mundo musical austríaco: há alguns dias, jornais vienenses apontavam o tenor Neil Shicoff e o maestro Christian Thielemann como os dois principais concorrentes ao cargo - Meyer não fazia parte da lista.
terça-feira, 5 de junho de 2007
como museus
Lawrence Kramer, autor do recém-lançado “Why Classical Music Still Matters” (University of California Press), escreve interessante artigo no New York Times sobre a situação da música clássica no contexto da produção cultural atual. Aqui, apenas um trecho do artigo: “Sempre que se discute a familiar decadência da música clássica na América – problemas financeiros, audiências envelhecidas, perda de autoridade cultural – alguém com certeza coloca em pauta a analogia com museus. A música clássica, nos dizem, pode ser velha e ter valor, mas está tão distante da vida contemporânea como um velho violino. Sua cultura é a cultura de museu. O pública não liga para novas obras e as antigas já estão esgotadas como moedas antigas com rostos que desaparecem. (...) Bons museus são tudo menos espaços de irrelevância solene e se os concertos tivessem metade do apelo conseguido por exposições, a Sinfônica de Nova Jersey não estaria perdendo dinheiro. A música clássica pode aprender algo com os museus de hoje, onde a arte do presente causa fascínio e a arte do passado impressiona visitantes, que as vêem como tudo menos obras datadas”. Leia a íntegra.
rapidinhas
Atualizando notícias do mundo musical lá fora: o maestro Robert King, fundador e diretor do The King's Consort e um dos principais nomes do movimento da música historicamente informada, foi considerado culpado em 14 acusações de assédio contra jovens garotos e condenado a quase quatro anos de prisão; um vestido de Maria Callas foi roubado do Instituto Italiano de Arte de Atenas na semana passada - a peça fazia parte de uma exposição em homenagem aos 30 anos de morte da soprano; o tenor Roberto Alagna cancelou outra apresentação, agora do Trovatore, de Verdi; a equipe de críticos do New York Times resenha apresentações da American Symphony (obras de Mieczyslaw Weinberg, amigo e aluno de Shostakovich), do Emerson String Quartet e da Filarmônica de Nova York, além da estréia de Anna Netrebko no Carnegie Hall, ao lado do barítono Dmitri Hvorostovsky.
arte do piano
A Algol Editora lança hoje, às 21 horas, o livro "Arte do Piano – Compositores e Intérpretes", de Sylvio Lago, com concerto no Teatro São Pedro, sob regência de Achille Picchi, à frente da Orquestra Sinfônica de Americana, e o pianista Gilberto Tinetti". No repertório, o "Concerto nº 23 para piano e orquestra em Lá maior K488 de Mozart. Grátis. Do material de imprensa, preparado por Miriam Bemelmans: O livro traça um grande painel da Arte do Piano, construído por análises sensíveis da estética interpretativa dos seus grandes artistas, medida da grandeza, qualidade técnica e de expressão de cada compositor ou intérprete, erudito, popular ou jazzístico, brasileiro ou internacional. Há capítulos sobre: O Cravo e seus compositores, o piano Clássico, Romântico, do Século XX, no Brasil, de Jazz e a pedagogia do instrumento. Alguns músicos mencionados são: Edwin Fischer, Vladimir Horowitz, Nelson Freire, Sviatoslav Richter, Glenn Gould, Martha Argerich e Guiomar Novaes. “Este livro é destinado, assim, aos que se interessam pela música e, mais particularmente, pela arte do piano. Na essência e na forma, ele é fruto de décadas de audição, estudos e análises musicais dedicados à compreensão dos vários significados do repertório e da arte interpretativa pianística, em suas múltiplas diversidades e fascínios. Foi escrito pensando nos que se relacionam com a música pelo prazer da contemplação sonora e nos que estão em estágios mais aprofundados da apreciação musical. Pretende ser, também, um panorama que revele alguns caminhos aos que estejam começando a interessar-se pela conquista da música, desenvolvendo e aperfeiçoando as várias modalidades da percepção musical,” escreve Sylvio Lago na apresentação do livro. Mais informações no site da Bemelmans Comunicação.
sábado, 2 de junho de 2007
corrida maluca
Estou no Rio desde o final da tarde de ontem para fazer a cobertura para o jornal da Folle Journée, festival dedicado à música clássica. Já falei dele aqui no blog, mas, para lembrar, são 39 concertos em três dias, orquestras, recitais solo, música de câmara, espalhados por oito palcos da cidade. A idéia é oferecer concertos curtos, no máximo uma hora de duração, com grandes artistas e a preços baixos - o ingresso mais caro custa R$ 5. Não dá para ver tudo. Mas a correria não diminui por causa disso. Ontem, a grande atração foi Nelson Freire, que tocou o concerto de Grieg com a Sinfônica Nacional de Lígia Amadio. Teatro Municipal lotado e o Nelson de sempre, tocando como se fosse dono da música. No final, Lígia se recusou a vir para a frente do palco, deixando a aclamação toda para o solista. Não devia. É muito bom o trabalho que ela vem desenvolvendo com a orquestra, que fez um belo "Choros nº10" do Villa no mesmo programa e, hoje, surpreendeu no "Concerto nº 2" de Rachmaninoff (solos de Boris Berezovsky). Também hoje ouvi pela primeira vez o Quarteto Ébène, composto de jovens músicos franceses - os caras são muito bons, tocaram o Quarteto nº 3 de Bartok e, ao lado de Regis Pasquier (viola) e Henri Demarquette (violoncelo), um Sexteto Op. 70 de Tchaikovski muito bonito. Ah, ia esquecendo: entre os concertos que vi ontem, é preciso destacar o recital do pianista Eduardo Monteiro, com leituras geniais de obras de Mignone, Leopoldo Miguez, Lorenzo-Fernandes e Villa-Lobos. Bom, estou na correria. Escapei de um recital chatíssimo do pianista isralenese Ido Bar-Shaï só para olhar os e-mails e mandar notícias. Agora, de volta à programação - se tudo der certo, pretendo ver ainda hoje a pianista Sylvia Thereza (recomendação do Nelson) com o violinista Daniel Guedes (Dvorak, Villa-Lobos e Ravel) no Auditório Guiomar Novaes; o pianista russo revelação Andrei Korobeinikov (autores russos, Sala Cecília Meirelles); o violinista italiano Domenico Nordio com a Petrobras Sinfônica no Mosteiro de São Bento; o trio formado por Dmitri Makhtin (violino), Alexander Kniasev (violoncelo) e Boris Berezovsky (piano) no Municipal; e, para terminar, Kurt Masur com a Sinfônica Brasileira na Praia de Copacabana (que não tem nada a ver com a Folle Journée). Para mais informações sobre a programação, clique aqui.
Assinar:
Postagens (Atom)