segunda-feira, 18 de junho de 2007

berezovsky



Durante a Folle Journée, realizada no começo do mês, no Rio, tive a chance conhecer o pianista russo Boris Berezovsky. Vencedor do Concurso Tchaikovski em 1990, o cara é uma figura - pouco antes do recital que ele deu no Municipal (pouco mesmo, 5 minutos, nem isso), ele podia ser visto jogando cartas no Amarelinho, ali na Cinelândia. Lembro disso a propósito de uma entrevista com ele publicada no The Japan Times, contribuição da Lu Medeiros. Ali, ele fala da carreira, do passatempo preferido (cassinos) e de Rachmaninoff. Aliás, depois de ouvi-lo interpretar o Rach-2 com a Sinfônica Nacional de Lígia Amadio, comprei um CD em que ele interpreta os concertos 2 e 3 de Rachmaninoff. O selo é o Mirare que, me informam, faz parte do grupo de distribuição do Harmonia Mundi. Gostei particularmente do Rach-3, do qual há alguns trechos no You Tube (por sinal, aproveite para dar uma olhada em outras duas versões do primeiro movimento, a de Nelson Freire, com Eleazar de Carvalho, e a de Martha Argerich, com Riccardo Chailly). Em tempo: na minha matéria publicada no jornal sobre a Folle Journée, as limitações de espaço deixaram de fora um comentário sobre a atuação de Lígia Amadio e da Sinfônica Nacional. Fiquei muito impressionado. Eles fizeram três programas diferentes em apenas dois dias. Assisti a dois deles, um com o Concerto de Grieg e outro com o Rach-2. O trabalho da Lígia foi exemplar. Ofereceu um acompanhamento preciso, cuidadoso, dando liberdade ao solista e, ao mesmo tempo, revelando a qualidade dos membros da orquestra – que a gente tenha cada vez mais chances de vê-la no palco aqui em São Paulo.

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