domingo, 24 de junho de 2007

redescobrindo nazareth


No "Cultura" do Estadão de hoje, texto de João Marcos Coelho sobre "O Enigma do Homem Célebre", de Cacá Machado, nova biografia do compositor Ernesto Nazareth. "Corria o ano de 1930. De repente, no meio de um recital da pianista Guiomar Novaes no Teatro Municipal do Rio, um homem de cabelos brancos desgrenhados sai transtornado da platéia, em prantos: “Por que eu não fui estudar na Europa? Eu queria ser como Guiomar Novaes.” O protagonista da dolorosa cena, relatada por sua filha Eulina, foi o compositor Ernesto Nazareth (1863-1934). Ele estava com 67 anos, quase surdo e com o juízo mental fragilizado pela sífilis. Foi o primeiro de uma série de claros sintomas de demência em seus últimos anos de vida. Internado em 1933 na Colônia Juliano Moreira, fugia e ia ao centro do Rio tocar piano compulsivamente em alguma casa de partituras. O episódio é revelado por Cacá Machado em seu magnífico O Enigma do Homem Célebre - Ambição e Vocação de Ernesto Nazareth, que o Instituto Moreira Salles lança no sábado às 16 horas em seu centro cultural paulistano (Rua Piauí, 844). O instituto, aliás, preserva o acervo Nazareth, daí o excepcional portfólio iconográfico ao final do livro, que também oferece um CD em que a pianista Sonia Rubinsky interpreta as peças analisadas pelo pesquisador." Continua aqui.

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