sexta-feira, 19 de janeiro de 2007
entrevista com gustavo dudamel
Há cinco anos, durante as provas latino-americanas do concurso de regência de Lorin Maazel, no Municipal de São Paulo, conversei com um candidato venezuelano de 20 anos, que dizia estar “nervoso demais” para subir ao palco e ter que reger “com um monstro da regência como Lorin Maazel ali do lado, olhando para mim”. Ele, que se chamava Gustavo Dudamel, acabou se qualificando para a final do concurso, mas não ouvi mais seu nome. Agora há pouco, no entanto, encontro no “Los Angeles Times” uma longa entrevista com Dudamel. Chris Kraul, correspondente do diário americano em Caracas, relembra que ele é fruto do programa de jovens orquestras bancado pelo governo da Venezuela – até agora, 250 mil estudantes já receberam aulas gratuitas de instrumentos e de regência. O contrabaixista Edicson Ruiz, de 17 anos, também formado no programa, tornou-se recentemente o mais jovem integrante da Filarmônica de Berlim. Mas desse universo, Dudamel talvez seja o nome mais expressivo. Após vencer diversos concursos internacionais, foi apadrinhado por nomes como Simon Rattle, Daniel Barenboim e Claudio Abbado. Já regeu orquestras como as filarmônicas de Los Angeles e Israel e em teatros como o Scala, onde dirigiu um “Don Giovanni” no ano passado; em 2007, faz sua estréia à frente da Filarmônica de Nova York e leva seu conjunto venezuelano para os festivais de Salzburgo e Lucerna. De quebra, assinou contrato exclusivo com a Deutsche Grammophon e, com a Orquestra Símon Bolivar, já lançou um CD com a “Quinta Sinfonia” de Beethoven, comentado também em matéria especial da “Grammophone” de dezembro dedicada ao compositor. Tentei colocar o link do site do “LA Times” aqui – acesso restrito. Mas encontrei o texto reproduzido em um site dedicado ao maestro Claudio Abbado. Para ler, clique aqui.
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Um comentário:
gostei da nota. gosto de notas otimistas, de profissionais que conseguem reconhecimento. beijos, pedrita
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