sexta-feira, 19 de janeiro de 2007
mais uma estréia de domingo
Do Lauro: Plácido Domingo, à beira de fazer 67 anos, vai estrear o 127º papel de sua carreira. Em abril, a Washington National Opera, que ele dirige, vai encenar "Tamerlano", de Haendel. E ele fará o imperador otomano Bajazet, um dos grandes papéis haendelianos para tenor, um tipo de registro que, no Barroco Tardio, era geralmente reservado a personagens secundários. Apesar da idade, tem condições de se sair bem, pois Bajazet foi escrito para Francesco Borosini, um tenor de timbre abaritonado que pode ser considerado precursor à distância do tenore di forza, e a parte não exige coloratura muito elaborada. O autor do artigo na revista "Playbill", que deu a notícia, afirmou que será o primeiro papel barroco de Domingo. Na realidade, em 1966, ele fez Hipólito, numa produção da Ópera de Boston de Hippolyte et Aricie, de Rameau. Na época, esse era seu 21º papel e a soprano com quem ele cantava era Beverly Sills. Mas realmente importante é registrar a longevidade desse artista que não se limita a repertório tradicional: ele acaba de estrear "O Primeiro Imperador", de Tan Dun; no ano passado, cantou no Metropolitan o "Cyrano de Bergerac" de Franco Alfano; antes disso, tinha feito, no mesmo teatro, o Sly de Wolf-Ferrari; e, em 2003, estreou em Los Angeles o papel de Grigóri Raspútin, no "Nicholas and Alexandra" de Deborah Dratell.
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Um comentário:
(1) reserva de domínio
(2) egotrip
(3) falta de concorrência
O Domingo foi grande, mas devia passar o chapéu: ele engolfa tudo!
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