sexta-feira, 6 de abril de 2007
diva reclama de diretor do met
A soprano americana Ruth Ann Swenson disse esta semana ao "New York Times" que está muito chateada com o tratamento que vem recebendo da direção do Metropolitan Opera. Ela está cantando atualmente em uma produção do "Giulio Cesare", mas uma de suas récitas foi dada à sua substituta, Danielle De Niese. Seu outro único contrato com o Met previa oito récitas da "Traviata", na próxima temporada, mas quatro delas foram passadas para Renée Fleming. "Machuca muito. Sou de Nova York. Canto aqui há anos. Sempre tive grande sucesso. Nunca os decepcionei. É tão estressante subir no palco e perceber que o cara no topo não gosta de você e que não há nada a se fazer a respeito. Nada", disse ela ao jornalista Daniel Wakin. O "cara no topo", Peter Gelb, respondeu. "Ela tem passado por esta maratona que é o Giulio Cesare e o tem feito muito bem. E esta não é só minha opinião mas também o consenso do staff artístico e de seus colegas", disse ele. Gelb também confirmou que não há nenhum outro contrato com a soprano além da "Traviata". "Mas isso não quer dizer que ela não vai cantar no Met de novo"; sobre ter dado a De Niese uma das récitas, ele explicou que é papel do Metropolitan encontrar novos talentos e que ela tem potencial para se tornar uma grande estrela do teatro. No que diz respeito à escalação de Fleming, Gelb disse apenas que "sempre que pudermos ter Renée cantando em nosso palco será um bom dia para o Metropolitan Opera". A direção do teatro também fez questão de ressaltar que sua decisão não está relacionada a problemas de saúde de Swenson, que há dois anos passou por tratamento por conta de um câncer de mama. Swenson, no entanto, tem explicações diferentes. "Acho que não sou magra o suficiente para ele", disse a soprano, secundada pelo marido, para quem sua idade, 47 anos, também teria pesado na decisão. A resposta de Gelb: "Essas são condições pessoais que nada tem a ver com a escalação ou não de um cantor. Tenho que pensar no que os cantores podem me oferecer, na combinação correta de repertório e novas produções, nas melhores experiências musicais e teatrais para nosso público. Esse é o meu critério como diretor deste teatro e seria irresponsável agir de qualquer outra maneira". Perguntada sobre se temia represálias por seus comentários, a soprano disse: "E que diferença faz? Ele não gosta mesmo de mim". Mais uma resposta de Gelb: "Fico triste ao ouvir isso. O que quero é que possamos trabalhar juntos para discutir o sucesso que ela pode ter aqui." Para ler a entrevista, clique aqui.
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