segunda-feira, 16 de abril de 2007
mais audácia
O crítico Anthony Tommasini comenta, no "New York Times", a escolha de Gustavo Dudamel como novo diretor da Filarmônica de Los Angeles; fala dos regentes em atividade nos Estados Unidos e discute as apostas para o novo diretor da Filarmônica de Nova York, já que Lorin Maazel avisou que não renova seu contrato em 2009. O principal candidato parecer ser o italiano Riccardo Muti. Mas Tommasini pede um pouco mais de audácia dos diretores da orquestra.
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Um comentário:
O pedido que Tommasini faz aos regentes de orquestras americanas, de mais audácia em sua programação, me sugere um comentário: estou com 63 anos e só nesta quinta-feira ouvi, ao vivo, pela primeira vez na vida, a sinfonia de Dvorák de que gosto mais: a Sexta. Já ouvi muitas vezes a 7, a 8 e, é claro, a "Novo Mundo". Mas a 5 e a 6, que já são sinfonias maduras e de grande beleza, a essas o nosso estreito repertório nunca dava atenção. Ficamos devendo mais essa à Osesp.
Tommasini refere-se à reação de Kurt Masur, cada vez que lhe falavam do tradicionalismo de seus programas -- que não existia, por exemplo, quando Mitropoulos estava à frente da NYPh (vocês já ouviram, por exemplo, a deslumbrante gravação da "Verklärte Nacht" e do "Pelleas und Melisande", de Schoenberg, que Mitrpoulos fez o público americano descobrir?).
Pois Masur vai voltar, dia 30 de maio, para reger a OSB, e vai fazer... a "Inacabada" e a "Novo Mundo"! De novo!
Quando a Filarmônica Tcheca esteve aqui, com Gerd Albrecht, fez uma das "Novo Mundo" mais bem acabadas que já ouvi ao vivo. Mas foi lamentável termos perdido a oportunidade de, recebendo a maior orquestra tcheca, ouvir algo revelador de um dos mais ricos repertórios da Europa central: a espetacular música sinfônica de Josef Suk, uma das sinfonias de Zdenek Fibich ou de Bohuslav Martinu, por exemplo.
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