sexta-feira, 13 de abril de 2007
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A idéia é essa mesma: um espaço para falar de música clássica, ópera, seus intérpretes, criadores, críticos, trocando experiências, idéias, sem se esquecer, claro, da literatura, do cinema, do teatro...
3 comentários:
Sempre fui adepto de um esporte de alto risco que consiste em comprar CDs apenas porque nunca ouvi falar no compositor. Às vezes quebro a cara: todo risco tem seu preço. Mas quando dá certo, faço descobertas extraordinárias. Uma delas foi o compositor turco Cemal Rey, de que gosto muito. Ou o ucraniano Liatoshínski, que é um senhor sinfonista. A experiência mais antiga de que eu me lembro, nesse sentido, é a de um disco que eu ouvi, lá pelos 12, 13 anos, pertencente à discoteca de um tio que morava no Rio -- um Lp do extinto selo Urania, de um cara de quem eu nunca tinha ouvido falar, e que me atraiu porque eu achei a capa bonita. Botei-o na eletrola -- era assim que aparelho de som se chamava, naquela época -- e tive a impressão de que o céu tinha caído na minha cabeça. Eu nunca tinha ouvido nada parecido antes. Fiquei tão fissurado pelo disco, que passei a ouvi-lo sem parar, todo dia, até a família inteira vir em embaixada, me pedir que parasse com isso, porque ninguém agüentava mais aquilo. Era a "Missa Glagolítica". Foi a primeira vez que eu ouvi algo de meu -- hoje -- adorado Leoš Janácek. Mais tarde, eu vim a saber que essa gravação -- que hoje tenho em CD -- tem importância histórica: foi a primeira gravação da "Glagolítica", feita pelo grande regente Bretislav Bakala, o aluno predileto de Janácek.
Para quem quiser especializar-se naquele esporte de alto risco - e eu sou um adepto freqüente - recomendo vivamente o selo Naxos, que é o mais inventivo e ousado entre todos que editam discos.
além do repertório tradicional, o selo, se dedica a repertório pouco conhecido ou pouco divulgado, que não faz parte do repertório padrão das orquestras e casas de ópera.
E com artistas em ascensão ou pouco conhecidos, o que dá o molho extra de se conhecer também gente muito boa fora do "star system".
Há no campo sinfônico ciclos memoráveis de quase todos os ingleses - Britten, Alwyn, Bax, Elgar, V.Williams, Harty, - há uma série de música norte-americana (Barber, Ives, Carter, Bernstein,etc.), há séries de escandinavos e bálticos, com destaque para Nilsen e Hugo Alfvén e muita música de compositores do mundo inteiro (australianos, portugueses, espanhóis, brasileiros, gregos, libaneses, etc.).
e muita música contemporânea ( XXI Century), se não de ótima qualidade, pelo menos instigante.
bacana, vou lá. beijos, pedrita
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