domingo, 4 de março de 2007

escândalo previsível

Do crítico João Marcos Coelho, no Estadão de hoje, sobre o caso Joyce Hatto: "A avidez da mídia por histórias suculentas provocou um dos maiores escândalos de plágio das últimas décadas. No domínio da música clássica, o caso Joyce Hatto certamente foi o maior - 120 CDs descaradamente copiados de outros pianistas que apareceram com seu nome no mercado internacional. Para se ter uma idéia, esse volume é superior aos 94 CDs que compõem o legado total de Arthur Rubinstein. E cobre um arco de obras e compositores com o qual nenhum outro pianista jamais foi capaz de sonhar. Nos obituários de 2006, jornais importantes e criteriosos, como o Guardian, a prantearam como pianista de gênio, daquelas jóias bem guardadas da arte britânica. A desculpa é que a história é boa, tão recheada de fatos interessantes que se torna irresistível. Há duas semanas pululam discussões, debates e indignações de tons variados na internet, em blogs e na mídia internacional. O tom geral deveria ser: como pudemos engolir esta farsa? Será que os critérios da crítica em geral são tão frágeis a ponto de se deixar enredar por um embuste tão primário?..... Continua aqui.

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